Sem tema de conversa... começo a improvisar...
(luzes acendem-se, eu e ela num palco)
Eu: Era um dia normal...
Ela: Ui!
Eu: Sem nada de novo no quintal...
Ela: Até tenho medo!
Eu: Sempre pensando em algo especial,
Que fosse fenomenal,
E excepcional,
E bestial,
E espectaculal...
Ela: Ai, um erro!
Eu: É para bater certo, não refiles.
Ela: Pronto, está bem.
Eu: E... agora perdi o fio de pensamento! Bolas, fiquei sem ideias, a culpa é tua!
Ela: Ai a culpa é minha? Tu é que estavas a aldrabar!
Eu: Estava a aldrabar, apenas para rimar,
E tu a refilar,
Deixando o meu pensamento vagear,
O meu fio mental a delirar,
Deixar-se soltar,
Com um suspirar,
Deixando-me a arfar,
Com falta de ar,
Só por causa do aldrabar...
Ela: E a parvar!
Eu: E sempre a parvar,
Sem nada para falar,
Poemas a inventar,
Sem objectivo a alcançar,
Apenas para conversar,
E não deixar deprimar.
Agora por favor não refilar,
Deixái-me inspirar,
E os versos continuar,
Sem nada temar.
Isto já está a aldrabar muitar,
Não sei o que mais dizar.
Ela: Aiaiai, estou a perder o ar!
Eu: Mas o que se está a passar?!
Ela: Tanto parvar,
Está-me a enjoar,
E deixa-me sem ar!
Eu: No bom ou no mau sentido o arfar?
Ela: No bom.
Eu: Oh pá, quebraste o "ar"! Mas diz lá... se eu não tenho jeito para improvisar?
Ela: Claro, tens jeito para improvisar!
Eu: Pois irei continuar.
Poderia-me agora ajoelhar,
E aos teus pés recitar,
Estes versos de parvar,
Ou melhor parvigenciar,
E deixar-te sem ar,
No bom sentidar!
(aplausos, espero eu)
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